Madrugada de 3/Fev/2012
Eu vi ela
sair do trampo hoje !
Eu e minha
viola.
Eu vi ela
caminhar.
Me inspira. E expira.
E suspira.
E que bunda !
E que
bunda...
Essa mulher
deve ser de fogo.
Vou escrever.
Registrar os devaneios e desejos da minha mente turva.
Não custa
nada mais que algum tempo.
Clima; É
necessário.
Álcool.
Caneta e
papel não são mais tão comuns dentro de casa. Dentro das casas ?
Cadê o meu
livro ata ? O pedaço concreto da minha mente turva e naturalmente abstrata.
Liga droga do
computador.
Espumante
barato e citrus.
É suficiente.
Poucas
bobagens para satisfazer as besteiras da minha mente turva e afixionada por
certas atmosferas. Ar.
Um copo; Adequado.
É necessário.
Ainda que
novo, esse é apropriado.
Um cigarro. É
essencial.
Música. Essência
! Blues é o que se pede.
Não tenho. E
custa só um real. E eu não tenho.
Sem música.
Sem blues
esta noite.
É o preço que
eu pago por estar em janeiro.
Pago com
gosto ! Trombando aqui e ali mais pago com gosto.
Porra ! Me
tiraram meu cinzeiro.
Mas que
merda.
Citrus e
espumante barato.
Vou escrever;
Crônica.
Eu vi. Quase
que senti.
Debaixo da pele.
Apenas três
tragos e fim. Porra, mas que bunda.
É a tríade.
Ela sempre me persegue.
Mas eu só
tenho duas caras.
É verdade. As vezes tenho três.
Trindades,
hunf !
Vou bater no
copo. Cacete; E o meu cinzeiro ?
O jeito que
Ela se mexe. E o jeito que ela mexe.
Eu quero Ela.
E quero ela.
E o jeito
como ela não me olha. Dá mais vontade Dela; E dela.
Me dá tesão.
Excita e arrepia a espinha.
Essa
mulher é
de fogo.
É. Eu sinto.
De baixo da pele.
Não se deve
contrariar instintos. Sem dúvida é uma boa regra.
Porcaria de
programa de imóveis. Eu não quero criar raiz.
Mas devia.
Mas não quero. Mas devia. Mais não quero porra...
Basta um ZAP
!
Estou
apaixonado.
É linda. Tem
a bunda mais bela que eu já vi.
Quero ela. Eu
quero Ela.
Completamente
apaixonado.
Viúva
Porcina. Sinhôzinho Malta.
Roque
Santeiro !
Isso vale à
pena. Ver direito.
Eu era
criança. Não entendia muita coisa.
E o jeito
como ela não me olha. E faz parecer normal seu desdém.
Dá frio. Dá tesão
na espinha.
É um presente
lindo. Uma pena linda.
Cala. Frio.
Cena mais
linda paira na minha cabeça.
A luz do
poste é tão bela quanto ela e ela sob a luz do poste fica mais bela.
Eu poderia
ficar ali. Olhando.
E admirando.
Mais nem
tanto.
Eu viro bixo.
Sem dúvida iria em busca da minha caça.
Mas ela foi.
Certamente pro ônibus.
Instinto. É o meu natural.
Não sou
inconveniente. É meu natural.
Por sorte
minha licantropia só se aguça a tal ponto com a chegada da primeira Lua.
Era claro.
Ah ! Mas que
bunda.
Porra ! Que
bunda.
Essa mulher é
o fogo.
Foi embora.
Pato Maluco.
Em cinco minutos e poucos segundos
Patolino me lembra de que quando se quer algo Você Luta por Ele.
Eu quero Ela.
Eu quero ela.
Eu viro bixo.
Eu caço. E
como.
É o que eu
faço. É meu natural.
Ela não é
presa. É predadora.
Eu sei. É A Grande Felina. De Fogo.
Outro cigarro
e mais só três tragos.
Cavala. Falo porque
sei. Não jogo palavras ao vento.
É preciso ter
saudade para matá-la. É como tem que ser.
Hoje não tem
blues.
Como uma
bunda pode acabar com um cigarro em três tragos ?
Suspira. Me
aspira.
Inspira e
expira.
Ainda bem que minha mão me ajuda a sonhar.
No momento é
necessário e suficiente.
Não é
satisfatório.
Eu quero Ela.
E ela.
São 4:00 h.
Eu tenho sono.
O exercício
mental de agrupar palavras de modo a dar-lhes sentido cansa a cabeça.
E eu tenho
sono.
Isso é bom.
É bom pensar
numa coisa só, de vez em quando.
Cacete...são
duas. É Ela. E ela.
Minhas
malditas duas caras. Pelo menos é um texto só.
Então vamos
para o último cigarro.
Pode ser que
sexta-feira eu tenha o meu blues.
A barba. Não
posso machucar um rosto tão belo.
Vou bater na
mesa. Dane-se o copo.
Claro que vou
limpar. Mas é meu pequeno protesto silencioso.
Eu ainda
quero meu cinzeiro.
Espumante barato.
É suficiente.
Caio F.
A Última Casa de Ópio
... e até hoje eu suspiro... Grande Felina de Fogo agradece... Reticências sempre... para a escrita abstrata, turva e única de Homem Bixo...
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